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sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

BULLYING E O PROCESSO DE EVOLUÇÃO



Hoje me deparei com um vídeo de uma criança, que tem nanismo, sendo filmada pela mãe, pois esta quis transmitir o sentimento que seu filho estava passando após sofrer Bullying na escola. É de partir o coração ao ver uma criança chorando e querendo morrer, depois de sofrer repetidas agressões psicológicas e intimidações por parte de outras crianças.

Crianças não nascem com atitudes ruins, estas são presenciadas e aprendidas, na maioria das vezes, dentro da própria casa. Pessoas que deveriam ensinar coisas boas, como o amor ao próximo, ensinam valores subversivos, e, muitas vezes, tentam explicar tais atitudes com base em outras histórias ou com base nas próprias histórias de quando eram crianças ou adolescentes. Eu já ouvi pessoas dizendo: ahhh!!! mas fulano fazia isso quando mais jovem; ahhh!!! mas eu sofria isso quando criança e sobrevivi; ahhh!!! mas você não é mãe para entender (e nem precisa para saber o indiscutível); ahhh mas é só uma criança; entre outras coisas ridículas de serem ouvidas e também mencionadas.

As pessoas não têm mais ideia de como palavras e gestos podem ferir outras pessoas. Não há mais empatia e não há mais conversa e quando há é um querendo impor a sua ideia e não ouvir a do outro. Há pessoas desdenhando de sentimentos e situações de outras pessoas na maior naturalidade, e, detalhe, sem ao menos conhecê-las. Agem como se fossem profissionais da saúde, aenas para humilhar ou opinar na vida de outra pessoa. E é com base nessas atitudes e em outras que, infelizmente, as crianças e adolescentes mais se espelham.

Nós não estamos no corpo ou na mente de outra pessoa para saber a dor que esta sente. Nós não vivemos a vida de outra pessoa para ficar julgando desenfreadamente apenas para ter certa opinião e depois sair contando e até mesmo difamando pelos cantos. O que para você pode ser algo bobo, para a pessoa que sofre de uma determinada condição pode ser o fim, pode ser doloroso, pode levá-la ao extremo. Então, não podemos vir com várias “armas” e suposições na mão a fim de julgar ou opinar em algo ou situação que nem mesmo conhecemos, sabemos ou vivenciamos.

Se você não é especialista na ÁREA DA SAÚDE ou até mesmo jurídica não dê palpites formados pelo Google ou no “disque me disque” ou no “achismo” para uma pessoa que quer apenas ser ouvida e não julgada ou questionada. Ensine crianças e adolescentes a serem responsáveis nos seus atos, ensine a cuidar um dos outros, ensine a ter amor ao próximo, ensine a ter empatia, ensine a ter sentimentos bons. Que tenhamos consciência de nossas atitudes como adultos para que elas possam olhar para nós como pontos de referência para o bem e não para o mal. Precisamos ter mais responsabilidades por aqueles que são o futuro do nosso país.

Pra mim, a frase “precisamos evoluir”, quer dizer que quando tomamos alguma atitude incorreta temos o dever de corrigi-la ao longo de nossa própria evolução. O ser humano vive em constante mudança e está fadado ao erro, somos imperfeitos, mas o óbvio precisamos saber pelo bem de nosso convívio nesse mundo que está cada vez mais caótico.


Foto: https://veja.abril.com.br/saude/alerta-1-em-cada-5-criancas-pensa-em-suicidio-por-causa-do-bullying/ Acesso em 21/02/2020

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